Demitido, volante ataca clube
Após ser demitido do Santos nesta semana, o volante Roberto Brum deixou o clube criando polêmica ao revelar bastidores da demissão do técnico Dorival Júnior, após discussão com o atacante Neymar, em setembro passado.
Segundo o jogador, uma ordem de alguém “acima” do presidente exigia a presença do atacante no clássico contra o Corinthians, no segundo turno do Brasileiro.
Caso contrário, os salários de funcionários não seriam pagos. As declarações foram dadas a um programa da TV Santa Cecília, propriedade do ex-presidente Marcelo Teixeira.
“Foi passado que não tinha como controlar. Veio ordem de cima de que, se o Neymar não jogasse, não receberíamos os pagamentos”, afirmou.
A discussão entre Dorival Júnior, atualmente no Atlético Mineiro e Neymar aconteceu na partida contra o Atlético Goianiense. O jogador foi multado pela diretoria e, a pedido do técnico, cortado do jogo seguinte, contra o Guarani.
Não satisfeito, Dorival anunciou também que Neymar não enfrentaria o Corinthians, em 22 de setembro. A medida irritou a diretoria, e o treinador foi demitido.
Brum, o meia Marquinhos, o lateral Léo e o zagueiro Edu Dracena apoiaram a decisão do treinador e pediram ao presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro que o técnico fosse mantido no time. Foi quando a ameaça teria partido de membros do Grupo Guia, formado por conselheiros que colaboram na administração do Santos.
Alguns dos membros são cotistas na Teisa, um fundo de investimentos que ajuda o clube em contratações e que adquiriu 5% dos direitos de Neymar, que atualmente treina com a Seleção Brasileira Sub-20, que disputará o Sul-Americano, no Peru.
Em nota, o Santos disse que as declarações de Brum são “mentirosas e levianas” e prometeu acioná-lo na Justiça. “Nunca existiu qualquer ameaça, por parte da diretoria, de imputar sanções salariais a atletas caso Neymar não jogasse contra o Corinthians”, diz o comunicado.
Redação Futebol Bauru
06/01/2011.