Secretário da Fifa volta a cobrar o governo
Uma semana antes de realizar nova visita ao Brasil, o secretário geral da Fifa, o francês Jerome Valcke, voltou a tecer duras críticas com relação à organização da Copa do Mundo de 2014.
O dirigente, que havia amenizado as reclamações na visita que fez ao País em janeiro passado, voltou a disparar principalmente contra os atrasos nas obras de infraestrutura. E prometeu cobrar pressa do Comitê Organizador.
“O grande problema que temos no Brasil é que tem muitas coisas que não estão sendo feitas. Não entendo por que essas coisas não estão em curso. Os estádios estão atrasados e por que está tudo tão atrasado?”.
Valcke mandou mensagem direta às autoridades brasileiras: “Têm que se apressar, colocar a casa em ordem e organizar este Mundial”, cobrou.
Título ou organizar o Mundial?
Valcke criticou ainda o que entende ser uma preocupação excessiva com o título Mundial em 2014. “O que é a Copa para o Brasil, organizar ou ganhar o Mundial? Creio que seja ganhar a Copa. Creio que deveriam pensar como a África do Sul, cuja prioridade era organizar a Copa, não ganhar a Copa”, disse, esquecendo-se do histórico dos dois países no futebol.
Perguntou por que não há “mais apoio” e “mais entusiasmo” das autoridades do País para terminar estádios, hotéis e redes de transporte.
“O Brasil não tem hotéis suficientes. Tem mais do que o suficiente em São Paulo e Rio, mas em Manaus precisa mais”, disse Valcke, que ainda citou Salvador (BA) como uma sede que não teria condições de receber um clássico como Inglaterra e Holanda.
“A cidade é agradável, mas tem que melhorar a forma de chegar ao estádio”, lembra.
O secretário geral da Fifa também reclamou das “discussões intermináveis” para aprovar a Lei Geral da Copa. “Deveríamos ter estes documentos assinados em 2007 e já estamos em 2012”, destacou.
Redação Futebol Bauru
02/03/2012.
Veja Também
-
Neymar é mico de geração sem ídolos no futebol atual
Neymar, a mentira do futebol brasileiro. Quase 4 anos sem jogar.
-
Atacante por ser preso e banido do futebol, segundo jurista
Bruno Henrique, 34 anos, atacante do Flamengo. (Divulgação)