Igualdade e inclusão no Cerimonial de Abertura dos Jogos de Tóquio

24/07/2021Mais Esportes

Apesar do já esperado esvaziamento do evento por causa da pandemia, o Japão e o COI - Comitê Olímpico Internacional usaram a cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio para enviar mensagem ao mundo de luta por igualdade, inclusão e respeito às diversidades.

Foram vários os recados que a cerimônia passou nesse sentido, mesmo que o próprio Japão tenha série de problemas relacionados aos assuntos.

País que atualmente ocupa a posição 120 de ranking com 156 nações sobre igualdade de gênero feito pelo Fórum Econômico Mundial, o Japão se tornou sexta-feira palco da primeira Olimpíada na qual mulheres e homens puderam carregar juntos a bandeira nacional no desfile de abertura.

O Juramento Olímpico também foi atualizado para os Jogos de Tóquio e, pela primeira vez na história, os jurados se reuniram em defesa da inclusão, da igualdade e da não discriminação.

Em mais um esforço para promover a igualdade de gênero, três duplas masculinas e femininas fizeram o juramento em um vazio Estádio Olímpico, sem torcedores nas arquibancadas após veto dos organizadores ao público por causa do aumento de casos de Covid-19 no Japão nos últimos meses.

Parte da população japonesa se mostrou dividida em relação à realização dos Jogos. Ao mesmo tempo que houve protesto de pequeno grupo no dia da cerimônia, e também do lado de fora do estádio.

O Japão espera que os Jogos de Tóquio 2020 se transformem em ponto de virada na sociedade do país no que diz respeito à diversidade e ao entendimento das questões LGBTQ no País, por exemplo. 

A própria organização da Olimpíada foi marcada por polêmicas sexistas. Por isso, a cerimônia tinha um peso importante nesse desafio imposto aos organizadores.
Brasil

Para evitar riscos de contaminação, o Time Brasil participou da cerimônia representado pelo número mínimo exigido de atletas e oficiais: os porta-bandeiras Bruninho (vôlei) e Ketleyn Quadros (judô), além do chefe de missão Marco La Porta e da representante dos colaboradores do COB -  Comitê Olímpico do Brasil, Joyce Ardies.

O Brasil não foi exceção, mas quase a totalidade dos demais países levaram delegações muito mais numerosas ao Estádio Olímpico. Os Estados Unidos, por exemplo, foram à abertura com cerca de 200 atletas entre os 600 integrantes da sua delegação.

Um dos momentos marcantes do evento ocorreu logo no início. Depois de vídeos de atletas treinando em casa serem exibidos nos telões, as dificuldades enfrentadas pelos esportistas por causa da pandemia foram retratadas por Arisa Tsubata, boxeadora japonesa que também é enfermeira e tratou pacientes com covid-19.

A pugilista surgiu no meio do Estádio Olímpico correndo silenciosamente em uma esteira, cercada por outros atletas solitários, conectados apenas por projeções de luz que buscavam representar “vínculo invisível”.

Redação Futebol Bauru

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24/07/2021

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