Paulistão ficou mais descentralizado
O mapa do futebol de São Paulo inicia 2011 com desenho diferente, mais descentralizado. O Paulistão que começa neste sábado é o primeiro, desde 1996, que terá seis equipes de cidades que estão além do raio de 200 quilômetros da capital do Estado.
Exemplo desse novo mapa já poderá ser visto nesta noite. O confronto, entre os campeões, que abre oficialmente o campeonato, Linense x Santos, será disputado em Lins, a 431 quilômetros da capital do Estado.
Outro jogo neste sábado, Oeste x São Caetano, também será jogado fora do raio de 200 km da capital, na cidade de Itápolis, a 353 quilômetros de São Paulo.
Neste ano, Linense e Noroeste se juntam a Mirassol, Oeste, Botafogo e Grêmio Prudente para confirmar uma tendência que ressurgiu a partir da metade dos anos 2000. Entre 1996 e 2005, o Paulistão foi dominado por times da Grande São Paulo, Santos e região de Campinas.
A partir de então, uma nova geografia permitiu que clubes que nunca haviam disputado a Primeira Divisão aparecerem no lugar de times tradicionais do Interior.
Na década passada, Sertãozinho, Rio Preto e Monte Azul, além de Mirassol e Oeste, estrearam na Série A-1. Já o Linense volta à Primeira Divisão depois de mais de cinco décadas.
Enquanto isso, clubes mais tradicionais do Interior amargarão outra temporada em divisões de acesso. Campeã em 1986, a Internacional de Limeira disputará a Série A-3.
Rio Branco de Americana e União São João de Araras, que viveram o auge nos anos 1990, estão na A-2, assim como o Guarani, único campeão Brasileiro do Interior, em 1978.
A descentralização implicará em maior rodagem aos principais clubes do Estado. O Corinthians, por exemplo, terá de se deslocar, em média, 200 quilômetros a cada jogo em que atuará como visitante, 52% mais do que no primeiro Paulista da década passada, em 2001.
Para os clubes grandes, o Paulistão virou motivo de reclamação, devido ao excesso de jogos e à disputa simultânea de torneios. “Os Estaduais são muito longos”, disse Adilson Batista, técnico do Santos.
Quem chegar à final jogará 23 jogos, em meio a disputas da Libertadores, que começa no fim do mês, e da Copa do Brasil, a partir de fevereiro.
“Poderiam reduzir jogos neste começo de ano, inclusive do Paulista”, disse o técnico do São Paulo, Paulo César Carpegiani, repetindo as reclamações dos demais grandes.
Redação Futebol Bauru
15/01/2011.
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