o Velho Lobo se deitou para sempre. Agora é só lenda

Morreu na noite de sexta-feira passada Mario Jorge Lobo Zagallo, 92 anos, um dos grandes nomes da história do futebol mundial e único no mundo a estar presente em quatro títulos de Copa do Mundo: em 1958, na Suécia e 1962, no Chile, como jogador, em 1970, no México, como técnico, e em 1994, nos Estados Unidos, como coordenador técnico. 

Zagallo ainda esteve no comando da seleção em 1974, na Alemanha, (quarto lugar) e 1998, na França, (vice-campeão), além de ter sido novamente coordenador em 2006, na Alemanha. 

Com idade avançada, Zagallo vinha com a saúde fragilizada há alguns anos. Em setembro passado, ficou cerca de 20 dias no hospital com infecção urinária. 

Recentemente, em eleição promovida pelo Globo Esporte com a participação de mais de 100 treinadores, Zagallo foi eleito o segundo maior técnico da história do Brasil, atrás apenas de Telê Santana, já falecido. 

História vencedora

A história desse personagem inesquecível começa na metade dos anos 1940. Naquele tempo, em um Rio de Janeiro romântico, jogava-se, e muito, futebol nas ruas. A Praça da Bandeira, na Zona Norte, era um dos pontos de encontro da garotada. 

Até o túnel do tempo avançar para 1950. Maracanã lotado. Final da Copa do Mundo. Quem não queria estar ali, no gramado, vendo Brasil x Uruguai? Zagallo estava. Como soldado, o já juvenil do América presenciou o choro de 200 mil pessoas diante da derrota do timaço de Zizinho e Ademir. 

Oito anos depois do Maracanazo, a tristeza ficara para trás. Zagallo era tão bom no campo que jogava no Flamengo e na Seleção. 

E quem não queria estar ali, ao lado de Pelé e Garrincha, saboreando o primeiro título mundial? Zagallo estava. Foi ponta-esquerda na Suécia. Em 1962, no Chile, faturou o bicampeonato com Mané Garrincha, Didi e Nilton Santos, colegas do esquadrão histórico do Botafogo. 

Redação Futebol Bauru

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07/01/2024