Noroeste em ascensão, em campo, mas fora violência
O presidente Emílio Brumati, ao lado do volante-meia Luiz Azevedo, um dos destaques do time, admite ter perdido a cabeça. (Futebol Bauru/Arquivo)
Leandro Ávila Rodrigues, o Foguinho, à esquerda, ao lado do gestor, o empresário Toninho Gimenez, confirma ter “levado seis pontos na cabeça por agressão”. (Futebol Bauru/Arquivo)
O presidente Emílio Brumati, ao lado do volante-meia Luiz Azevedo, um dos destaques do time, admite ter perdido a cabeça. (Futebol Bauru/Arquivo)
Se em campo, sob o comando do técnico Vitor Hugo Siqueira, o time do Noroeste iniciou reação, objetivando sair da zona de rebaixamento, fora do gramado divergências, antes notadas por minoria, que conhece o dia-a-dia do clube, há anos, agora estão explicitadas.
O próprio presidente, o empresário Emílio Brumati, 32 anos, não escondeu ao www.futebolbauru.com.br “ter perdido a cabeça, pelo acúmulo de cerceamento, em posições que queria tomar, mas vencido por opiniões e decisões contrárias”, afirmou.
Seis pontos
Após o jogo, quarta-feira à noite, em Bauru, na vitória do Noroeste, diante do Cotia, por
“Ele (Emílio Brumati) veio por cima e bati a cabeça... O sangue jorrou. O Dr. Omar (Omar Haddad, médico do Noroeste) me atendeu e me levou ao Pronto Socorro. Estou com seis pontos na cabeça”, relatou Foguinho ao Futebol Bauru. (*)
“Realmente perdi a cabeça”, admitiu Brumati que na contramão da história de sucesso dos clubes formadores, disse ser contrário “o Noroeste disputar o Paulista nas categorias Sub-15 e Sub-17. Não vamos inscrever o clube na FPF”, assegurou.
Clube formador
Foi graças ao trabalho na base, a partir de 2010, resgatado pelos professores João Fernando Gonçalves e Luciano Sato, que o Noroeste, tendo à época Jorge Saran como técnico, formou dezenas de jogadores, entre eles França, hoje no Palmeiras, Juninho, Magrão, Romarinho, Samuel Pizzi, Samuel Balbino, Aguiar, Nathan e Mizael, entre outros.
De acordo com o presidente, eleito em 21 de outubro passado, o Noroeste vai disputar o Paulista Sub-20, “no que possibilitará maior aproveitamento dos jogadores no time principal”.
Sub-20 terceirizado
A categoria, entretanto, não será gerida pelo clube, e sim pelo empresário Marcos Dracena. “Conversamos e vamos fazer contrato com a empresa dele que vai bancar toda a estrutura do time, atletas, comissão técnica e logística, investindo 20 mil reais por mês”, declarou Brumati, quinta-feira à noite.
Por outro lado, o gestor Antônio Carlos Gimenez que viabilizou aporte financeiro, impedindo que o clube com 103 anos de fundação fechasse as portas, após a desastrosa e nefasta administração de Anis Buzalaf Júnior, “convidado” a deixar o clube em outubro passado, está descontente.
Contra violência
“O Foguinho que iria gerir a base não mais o fará, depois do acontecido. Estou profundamente magoado e incomodado com a situação que descambou para a violência. Sou radicalmente contra violência. Temos o direito de divergir, mas jamais agredir”.
Toninho Gimenez disse ao site Futebol Bauru que vai se retirar. “Vou cumprir o que combinei com o Vitor Hugo até o final do campeonato, depois deixarei o clube”, afirmou o ex-presidente da Diretoria e também ex-presidente do CD - Conselho Deliberativo.
Gimenez pôs fim ao mandato de Buzalaf que estava levando o Noroeste à falência. Apoiou Brumati e o vice-presidente, o também empresário Rafael Magalhães Padilha, mas agora Gimenez cansou, não pactuando “com atitudes que denigrem a imagem do clube”.
Vereador arrumou verba
Toninho Gimenez, por indicação do assessor parlamentar Daniel Rufino, se aproximou do vereador Roberval Sakai (PP) que conseguiu junto a Tel Telecom verba de R$ 50 mil reais/mês, através de recolhimento dos 5% de ISS - Imposto Sobre Serviço, à Prefeitura de Bauru.
Gimenez deseja, ou queria o investimento direcionado às categorias de base, diferentemente do presidente Emílio Brumati.
Rápido, o técnico Vitor Hugo Siqueira tratou de fechar-se com o elenco no vestiário, quinta-feira à tarde, evitando que as divergências venham a atingir o time, em ascensão.
(*) NE (Nota do Editor) - Difícil a Imprensa trabalhar na ex-Tribuna de Honra. Palavrões impublicáveis, pessoas que nunca ajudaram o clube se amontoam em ambiente varzeano com gritos de intimidação.
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Erlinton Goulart, Futebol Bauru
20/03/2014 - 23h20
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