Frases folclóricas do futebol: "Na terra de Jesus"...

03/03/2012Mais Esportes

Mateus não estava em Belém “orgulhoso por jogar na terra em que Jesus Cristo nasceu”. O volante do Caxias (RS) nem considerou que “clássico é clássico e vice-versa” ou saiu de campo dizendo que “quando o jogo está a mil, a naftalina sobe”.

 

Também sequer reclamou da arbitragem afirmando que “é caso de Polícia Federal, de FMI”. Também não tentou justificar o pênalti perdido contra o Novo Hamburgo (RS), na final do primeiro turno do Campeonato Gaúcho, em duas palavras: “A zar”. Mas, ao afirmar que “só bate quem erra”, também virou folclore dos “grandes frasistas” do futebol.

 

Seleção de respeito

O time poderia, caso fossem confirmadas as autorias, ser escalado com Manga; Fábio Baiano, Fabão, Valdson e Marinho Chagas; Biro-Biro, Peu e Pelé; Garrincha, Nunes e Jardel.

 

No banco, Claudiomiro, Dimba, Dadá Maravilha, Zanata, Mengálvio e até um português, João Pinto. Uma seleção à qual é atribuído vasto repertório de tropeços no idioma, confusões e tiradas divertidas.

 

Peu, ex-Flamengo, era vítima de várias pegadinhas dos jogadores do time. Zico, Junior, Raul e Leandro sempre gostavam de brincar com o então garoto que chegou de Maceió (AL).

 

Histórias como a do avião, em que Junior, na viagem para a decisão do Mundial de Clubes em Tóquio, convenceu o alagoano a raspar o bigode que seria proibido no país do Oriente, ajudaram a dar mais sabor ao folclore. Tudo no maior bom humor.

 

Não fala português

Outro considerado ingênuo no mundo da bola que não ligava para as brincadeiras era Garrincha. Em 1958, na Copa da Suécia, quando estava prestes a comprar um rádio e trazer para o Brasil, foi convencido a mudar de ideia porque o rádio não “falaria português”.

 

E se Dadá Maravilha, artilheiro e ídolo do Atlético Mineiro e de tantos grandes clubes, batia no peito para confirmar a autoria da frase de que “só três coisas param no ar: helicóptero, beija-flor e Dada”, Jardel, outro bom de cabeça nas áreas adversárias, nega frases polêmicas que lhe foram atribuídas, como “clássico é clássico e vice-versa”, “quando o jogo está a mil, a naftalina sobe”, e “eu, Paulo Nunes e Dinho vamos fazer uma dupla sertaneja”.


Frases incríveis

“O que aconteceu aqui é caso de Polícia Federal, de FMI. Voltar pênalti porque a torcida está gritando é brincadeira”.

 

(Dimba, ex-Botafogo e Flamengo, queria se referir ao FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, ao fazer o seu protesto contra a arbitragem. Mas confundiu o FBI com o Fundo Monetário Internacional).

 

“Estou de regime. O doutor me proibiu de comer bicarbonato”.
“A senhora, além de muito bonita, é uma troglodita muito inteligente”.


“Deixa de ser burro, Renato. Não existe baleia macho, a baleia transa com o tubarão para ter filhotes”.

“Não sabia que esse negócio de bilhete de bondinho dava tanto dinheiro”.

 

(Atribuídas a Fabio Baiano, ex-Flamengo e Vasco. A primeira frase foi ao justificar não poder comer a macarronada. A segunda, no avião, após saber que a bonita aeromoça era poliglota. A terceira, ao ver um documentário sobre a vida das baleias e ao ouvir Renato Gaúcho comentar que a baleia macho e a fêmea viviam em perfeita harmonia com o filhote. A quarta, ao ouvir do jogador Jamir que o milionário Abílio Diniz era o dono do Pão de Açúcar. Mas do grupo de supermercados...).

 

A bola ia indo...

“Só posso resumir essa derrota com duas palavras: A-zar!”

(Atribuída a Marinho Chagas, o Bruxa, ex-Botafogo, Fluminense, São Paulo e Seleção Brasileira, após uma derrota do Botafogo).

 

“A bola ia indo, ia indo, ia indo... e iu!”.

“Tanto na minha vida futebolística quanto com a minha vida ser humana”.
“Não moço, meu estado não inspira gravidez”.

 

(Atribuídas a Nunes, ex-Flamengo, Fluminense e Atlético Mineiro. A primeira frase foi sobre uma chance desperdiçada; a segunda foi antes da despedida de Zico; e a terceira, após sair contundido de uma partida).

 

Na terra de Jesus

"Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Jesus Cristo nasceu”.

 

(Atribuída a Claudiomiro, ex-Inter de Porto Alegre, ao chegar a Belém do Pará para disputar uma partida contra o Paysandu, pelo Brasileirão de 1972).

 

“The football is a little box of surprise”.

 

(Atribuída a Pelé, o Atleta do Século 20, após uma vitória de virada para o Santos, traduzindo o futebolês ao pé da letra. A frase conhecida em português é “o futebol é uma caixinha de surpresas”).

 

“Que campeonatinho mixuruca, nem tem segundo turno!”.

(Atribuída a Garrincha, gênio do Botafogo e da Seleção Brasileira, durante a comemoração da conquista da Copa do Mundo em 1958, na Suécia).

 

À beira do abismo

“O meu clube estava à beira do abismo, mas tomou a decisão correta e deu um passo à frente”.

 

(Atribuída a João Pinto, ex-Benfica de Portugal).

 

“A moto eu vou vender, e o rádio eu vou dar para minha avó”.

 

(Atribuída a Biro-Biro, ex-Corinthians, ao responder a um repórter o que faria com o “Motorádio” que ganhou como melhor jogador da partida).

 

É imprestável

“O difícil, como vocês sabem, não é fácil”.

“Quero agradecer à Antarctica pelas brahmas que nos enviou...”.

“O Sócrates é invendável, inegociável e imprestável”.

 

(Atribuídas a Vicente Matheus, ex-presidente do Corinthians, ao recusar a oferta dos franceses pelo jogador).

 

“A partir de agora, meu coração tem uma cor só: é rubro-negro”.

 

(Atribuída a Fabão, ex-Flamengo e São Paulo, ao chegar ao clube carioca).

 

“As pessoas querem que o Brasil vença e ganhe”.

 

(Atribuída a Dunga, ex-técnico da Seleção Brasileira).

 

Traz um IOIO

Ô, Tovar!…Me traz lá do supermercado um frasco do desodorante IÔIÔ”.

 

(Atribuída a Manga, ex-Botafogo, Inter e Seleção Brasileiro, ao pedir ao meia do Inter que comprasse o desodorante 1010).

 

“Estou muito feliz de jogar na Sociedade Esportiva Corinthians”.

 

(Atribuída a Gustavo Nery, ex-Corinthians e Fluminense, na apresentação no Corinthians, confundindo o nome do clube com o do Palmeiras, maior rival).

 

“Eu disconcordo com o que você disse”.

 

(Atribuída a Vladimir, ex-Corinthians, discordando do repórter).

 

Tudo bocalmente

“Assinar eu ainda não assinei, mas já acertei tudo bocalmente”.

(Atribuída a Pitico, ex-Santos, após acertar a renovação do contrato).

 

“Na Bahia é todo mundo muito simpático. É um povo muito hospitalar”.

 

(Atribuída a Zanata, ex-lateral do Fluminense, ao falar sobre a hospitalidade do povo baiano).

 

“Estou realizando meu sonho de ir jogar no futebol europeu”.

 

(Atribuída a Váldson, ex-Botafogo e Flamengo, ao trocar o Fla pelo Querétaro, do México).

 

Chegarei de surpresa

“Realmente, minha cidade é muito facultativa”.

 

(Atribuída a Elivelton, ex-Cruzeiro e São Paulo, sobre a quantidade de faculdades existentes em sua cidade natal).

 

“Chegarei de surpresa dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da Varig...”.

 

(Atribuída a Mengálvio, ex-Santos, ao avisar à família sobre sua chegada de excursão à Europa).

 

Redação Futebol Bauru

www.futebolbauru.com.br

03/03/2012.

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