Maratonista disse que pode ser morto

21/08/2016Mais Esportes

Feyisa Lilesa conquistou a medalha de prata na maratona, 42km 195 metros, da Olimpíada do Rio de Janeiro e em vez de celebrar, o etíope protestou.

 

O gesto na chegada com os braços cruzados erguidos era  forma de repudiar o governo do presidente Mulatu Tshome e do primeiro ministro Hailemariam Desalegn no seu país, que reprimiu violentamente manifestações.

 

O medalhista teme por sua vida, mas repetiu o gesto na coletiva de imprensa ao explicar de que se tratava.

 

“Foi um sinal de apoio aos manifestantes que foram mortos pelo governo do meu país. Eles fazem o mesmo sinal lá. Eu queria mostrar que eu não estava de acordo com o que está acontecendo. Tenho parentes e amigos na prisão. O governo está matando o meu povo, o povo Oromo, gente sem recursos. Talvez me matem quando eu voltar. Se não, eles vão me colocar na prisão, se não vão me barrar no aeroporto e me forçar a deixar o país. Talvez eu mude de país. Não decidi”, disse Lilesa, aplaudido por alguns jornalistas ao repetir o gesto de protesto.

 

Redação Futebol Bauru

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21/08/2016 


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