Maradona morreu abandonado à própria sorte

01/05/2021Mais Esportes

Diego Armando Maradona foi “abandonado à própria sorte” pela equipe de saúde que o atendeu nos dias anteriores à sua morte, em 25 de novembro de 2020, com “tratamento inadequado, deficiente e imprudente”.

Isso é o que diz o relatório de 70 páginas da junta médica que investigou o caso. O portal Infobae teve acesso ao documento.

O grupo de médicos apurou as causas da morte do ídolo argentino a pedido da justiça. 

O relatório aponta que Maradona “começou a morrer pelo menos 12 horas antes” do momento em que foi encontrado sem vida em seu leito e sofreu um “prolongado período de agonia”.

São investigados e, portanto, acusados a psiquiatra Agustina Cosachov, o neurocirurgião e clínico geral Leopoldo Luque, e o psicólogo Carlos Díaz, além de um enfermeiro, uma enfermeira, uma médica coordenadora e um coordenador de enfermeiros.

As penas na Argentina para abandono ou homicídio culposo variam de cinco a 15 anos de prisão.

O relatório foi elaborado por comissão interdisciplinar de 20 peritos convocada pela Procuradoria-Geral de San Isidro, na periferia de Buenos Aires, que busca determinar se a morte de Maradona pode ter ocorrido por abandono de pessoa ou homicídio culposo.

O ídolo argentino morreu aos 60 anos, sozinho em sua cama em uma casa alugada em um bairro privado ao norte de Buenos Aires, onde se recuperava após uma operação de um hematoma na cabeça, e onde ele supostamente estava com internação domiciliar.

O documento da junta médica conclui que o ex-jogador e capitão da seleção argentina campeã do mundo no México em 1986 “teria mais chance de sobrevivência” se tivesse tido internação adequada e em um centro de saúde polivalente.

Redação Futebol Bauru

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01/05/2021

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