Bonfim agora já é História no centenário Noroeste
Bonfim, exemplo de jogador e de homem
Bonfim, ao lado do diretor executivo Beto Souza, disse estar estudando "várias propostas". O zagueiro marcou época com 204 jogos. Chegou a jogar emprestado pela Ponte Preta, mas depois retornou ao Noroeste, o "clube do coração".
Se não posso servi-lo o quanto devo, quero ao menos amá-lo o quanto posso, deve ter pensado Bonfim, nestas últimas semanas, quando soube que o seu contrato com o Noroeste, vencido sexta-feira passada, não seria renovado.
Em 14 de dezembro do ano passado, o www.futebolbauru.com.br anunciou com exclusividade que o contrato não seria prorrogado. Foram 204 jogos com a camisa do Noroeste, desde novembro de 2003, quando chegou tímido, por indicação do então técnico Túlio Tangione.
Bonfim entra para o seleto grupo de mais de 200 jogos pelo Noroeste, como o atacante Zé Carlos, que de
Crisanto Alves, de
Auge em 2005
Bonfim é o ícone da administração Damião Garcia que atingiu o píncaro da glória nos anos de 2005 e 06, com o acesso, após 12 anos, ao Paulistão e o título da Copa Federação. Em 2006 com a participação inédita na Copa do Brasil e também o inédito quarto lugar alcançado no Paulistão.
No Paulista Série A-2 em 2005, Bonfim foi o capitão do time que se sagrou vice-campeão, perdendo o título para o Juventus.
Bonfim, ídolo e respeitado, não tem a velocidade de Tecão, que depois do Noroeste defendeu o São Paulo e a Seleção Brasileira Olímpica, campeã dos Jogos Pan-Americanos de 1975, no México.
Não tem o posicionamento de Jorge Fernandes e a impulsão de Lelo, todos “esquecidos” na mal fadada festa do Centenário, organizada “nas coxas” pelo departamento de marketing que só funciona quando recebe comissão.
Bonfim, entretanto, superou as deficiências com incrível amor à camisa e, sobretudo pela dedicação extremada, cumprindo a risca as determinações. Jamais se rebelou. É um exemplo de homem e jogador a ser seguido.
Perdeu a titularidade
Apesar de ídolo da torcida, Bonfim foi perdendo a titularidade. Primeiro no Paulistão/2006 com o técnico Paulo Comelli, após sofrer empate, nos acréscimos para o Corinthians,
Na preparação para a disputa do Paulista Série A-2, no primeiro semestre de 2010, o então técnico Amauri Knevitz acenava com a substituição de Bonfim, que disputou apenas oito jogos, pelo jovem Éder Lima, 13 partidas.
Se Knevitz tinha dúvida, o atual técnico Luciano Dias não teve. Tão logo assumiu o comando, em 23 de fevereiro, passou a escalar Samuel e Éder Lima, que de reservas se destacaram no time que conquistou o acesso à A-1.
O símbolo irretocável da administração Damião Garcia entra agora para a História Centenária do Noroeste, onde quase sempre os probos e abnegados não são devidamente valorizados.
Erlinton Goulart, especial para o Futebol Bauru
31/12/2010.
2004
Campeão Jogos Regionais Jaú
Vice-campeão Jogos Abertos Barretos
3º colocado Paulista Sub-20
Acesso da A-3 para a A-2
2005
8ªs finais Copa São Paulo Futebol Júnior
Acesso da A-2 para a A-1
Campeão Copa Federação
2006
4º colocado Paulistão
Campeão do Interior
2007
Vice-campeão do Interior
2008
Vice-campeão do Interior
2009
Descenso do Paulistão para a A-2
2010
Acesso da A-2 para a A-1
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