Ex-goleiro deixou Noroeste por divergir com ex-presidente
Alexandre defendeu o Noroeste em 1985 e deixou o clube para jogar no Mogi Mirim. (Divulgação)
Alexandre defendeu o Noroeste em 1985 e deixou o clube para jogar no Mogi Mirim. (Divulgação)
Se é que tem encontro pós-morte, possivelmente o goleiro Alexandre já tenha avistado Badih Kalim Massaad, presidente do Noroeste quando defendeu o clube em 1985.
No ano seguinte o bauruense Sílvio Luiz, também jovem, assumiu o gol do Noroeste, então sob o comando do técnico Varlei Batista Carvalho. Em 1987, no Paulistão, o goleiro foi Everton, ex-Portuguesa.
Em 87 sob a presidência de Badih e sob o comando do técnico Urubatão, falecido, o Noroeste só perdeu um jogo para os “grandes” em Bauru, pelo Paulistão:
O time base: Everton; Edinho, Vitor Hugo, Amarildo e Jacenir; Vadinho, Márcio Araújo e Lívio; Chico Spina, Rodinaldo e Baroninho. O Noroeste virou o turno em 5º e terminou em 11º na classificação geral.
Alexandre Pandóssio, que morreu terça-feira, aos 53 anos, em Criciúma (SC), vitima de parada cardíaca, ficou pouco mais de um ano no Noroeste.
Por divergências com o então presidente Badih Massad, falecido em outubro de 2002, deixou o clube, se transferindo para Mogi Mirim e depois Guarani.
O auge foi no Criciúma com o título da Copa do Brasil em 1991, sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari.
Melhor da história
Alexandre, considerado o melhor goleiro da história do Criciúma e campeão da Copa do Brasil teve parada cardíaca enquanto jogava futevôlei na praia de Ricão, próxima a Criciúma.
Com apenas 53 anos, completados dia 8 de fevereiro, Alexandre foi revelado no interior paulista, onde jogou no Noroeste, Mogi Mirim e Guarani, mas marcou época no Criciúma, conquistando a Copa do Brasil, título que fez o treinador Felipão decolar na carreira.
Copa do Brasil
No Criciúma, no título da Copa do Brasil, sobre o Grêmio (RS), Alexandre formou em time que tinha como base Alexandre; Sarandi, Vilmar, Altair e Itá; Roberto Cavalo, Gelson, Grizzo; Zé Roberto, Soares e Jairo Lenzi.
Além do título nacional, no Criciúma, Alexandre também foi três vezes campeão catarinense: 1990, 1991 e 1993 e até hoje é tido como o maior goleiro da história do clube.
No final de carreira ainda teve destaque jogando no União Barbarense no final dos anos 1990, encerrando sua carreira no Gama (DF).
Jogando futevôlei
Aparentemente Alexandre estava bem de saúde e morreu após sofrer enfarto jogando futevôlei com amigos na praia de Rincão. O ex-goleiro chegou a ser levado com vida ao Hospital São José, em Criciúma, mas acabou falecendo.
Após encerrar a carreira, Alexandre optou em fixar residência em Criciúma e chegou, segundo o Futebol Interior, a comandar times do interior catarinense, mas acabou não tendo o mesmo sucesso de quando era goleiro.
Bem estruturado financeiramente, Alexandre tinha como atividade a de comentarista da Rádio Som Maior, de Criciúma e também fazia transações imobiliárias.
Erlinton Goulart, Futebol Bauru
18/02/2015
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